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Os alorfos são uma [[A dinâmica da magia (Controlados)|tradição mágica]] recente na [[História de Heelum (Controlados)|história de Heelum]]. Ela foi formada com um objetivo específico: ensinar magia para todas as pessoas, compartilhando o conhecimento mágico, de modo a equilibrar as relações de poder desiguais que o conhecimento restrito da magia gera. É a partir dos alorfos e importando [[Lista de técnicas dos alorfos e filinorfos (Controlados)|suas técnicas]], embora não seus objetivos, que surgem os [[filinorfos (Controlados)|filinorfos]]. | |||
São um grupo relativamente coeso, embora dentre os seus há quem pense que a magia ensinada deve ser apenas com propósitos defensivos e reflexivos (que façam a pessoa estar mais preparada para agir em sociedade sabendo da existência da magia), enquanto outros acreditem que é preciso fazer com que todos conheçam técnicas mágicas em geral. Suas técnicas não visam tanto o controle sobre o outro, mas sim interações específicas como técnicas defensivas e de manipulação da realidade de Neborum. | |||
==Origem== | |||
''Para ler mais sobre a história da magia, leia o [[História da magia (Controlados)|artigo principal]].'' | |||
Sofrendo os efeitos da Terceira Guerra Moderna e o surgimento dos | Sofrendo os efeitos da Terceira Guerra Moderna e o surgimento dos [[Espólicos (Controlados)|espólicos]], alguns magos dissidentes, sobretudo discípulos, começam a questionar a ordem estabelecida: distribuídas por quase todas as cidades de modo explícito, para os primeiros alorfos as tradições mágicas concentram poder e causam um desequilíbrio injusto, baseado num controle forte, ainda que secreto, da dinâmica política, social, cultural e econômica da sociedade. | ||
Para eles, a causa desse problema era dupla: em primeiro lugar, nem todos conheciam a magia. Em segundo lugar, os próprios magos faziam um esforço conjunto (mesmo sendo na aparência divididos em tradições "rivais") para exercer um poder opressor e controlador sobre a sociedade. A tese de que todas as tradições trabalhavam juntas para fortalecer o domínio dos magos não poderia encontrar fundamento entre discípulos jovens e magos inexperientes: o Conselho dos Magos não era do conhecimento de iniciados. Mesmo assim, criou-se a suspeição. A essa teoria deu-se o nome de aliança magocrata. | Para eles, a causa desse problema era dupla: em primeiro lugar, nem todos conheciam a magia. Em segundo lugar, os próprios magos faziam um esforço conjunto (mesmo sendo na aparência divididos em tradições "rivais") para exercer um poder opressor e controlador sobre a sociedade. A tese de que todas as tradições trabalhavam juntas para fortalecer o domínio dos magos não poderia encontrar fundamento entre discípulos jovens e magos inexperientes: o Conselho dos Magos não era do conhecimento de iniciados. Mesmo assim, criou-se a suspeição. A essa teoria deu-se o nome de aliança magocrata. | ||
Desde então as aspirações dos alorfos (termo que vem do | Desde então as aspirações dos alorfos (termo que vem do [[Na-u-min (Controlados)|na-u-min]] ''alor'', que é tornar bonito; embelezar; melhorar) são variadas, embora enquanto grupo marginalizado eles se mantenham coesos. Há quem entenda que o papel dos alorfos enquanto propagadores do conhecimento mágico é principalmente propagar conhecimento ''sobre'' a magia, alertando as pessoas para sua existência e fazendo-as lutar por um maior controle sobre os magos - incluindo a eventual instituição da aliança magocrata. Outros entendem que, para que haja paz, todos devem conhecer e dominar as técnicas mágicas - de modo que, com jogos de poder mais equilibrados, a sociedade como um todo se equilibre. Há ainda (tanto quanto nos filinorfos) aqueles que não participam diretamente dos atos, mas prestam solidariedade ao grupo da mesma forma. | ||
Desde o princípio os alorfos foram perseguidos pelos magos tradicionais. Por isso, levaram o conhecimento mágico cada vez mais para as bordas das cidades, para as periferias mais empobrecidas e exploradas, longe de pessoas cujo interesse pessoal poderia levar a denúncias com vistas a recompensas institucionais. | Desde o princípio os alorfos foram perseguidos pelos magos tradicionais. Por isso, levaram o conhecimento mágico cada vez mais para as bordas das cidades, para as periferias mais empobrecidas e exploradas, longe de pessoas cujo interesse pessoal poderia levar a denúncias com vistas a recompensas institucionais. | ||
==Habilidades e costumes== | |||
[[Arquivo:Aloja.png|250px|right|thumb|Símbolo utilizado na antiga "Loja Controlados" para os produtos referentes aos alorfos. A mão aberta é utilizada por se tratar do "órgão que compartilha".]]Os alorfos não possuem um grupo comum de técnicas assemelhadas às dos magos tradicionais; não visam, a partir de uma perspectiva original sobre Neborum, realizar qualquer tipo de magia como entendida pelos bomins, preculgos ou espólicos (com vistas a controlar os outros). Apesar disso, possuem um conjunto de técnicas muito bem protegidas (ensinadas apenas a alorfos que já ganharam confiança dentro do grupo, para que não sejam transmitidas a magos tradicionais) com vistas principalmente a uma manipulação útil de Neborum. | |||
Por terem sido historicamente marginalizados e perseguidos, os alorfos nem sempre conseguem ter uma vida integrada normalmente à sociedade. Em muitos casos, são alorfos secretamente: em outros, vivem mais longe do centro das cidades, interagindo na medida do necessário com elas. | |||
Os alorfos podem ter sido ensinados diretamente por outros alorfos, ou podem ter conhecido a magia enquanto discípulos de algum mago estabelecido. Em ambos os casos, dão pouca importância à regra geral que diz que não se pode misturar técnicas de tradições diferentes; como não possuem conhecimento muito avançado sobre nenhuma delas, de qualquer forma, costumam compartilhar tudo que sabem sobre magia tradicional com o grupo. Em Neborum, "lutam" e abrem as portas dos castelos com as técnicas com as quais se sentem mais à vontade, sejam elas manipulações de elementos, lutas corporais ou o uso de instrumentos. | Os alorfos podem ter sido ensinados diretamente por outros alorfos, ou podem ter conhecido a magia enquanto discípulos de algum mago estabelecido. Em ambos os casos, dão pouca importância à regra geral que diz que não se pode misturar técnicas de tradições diferentes; como não possuem conhecimento muito avançado sobre nenhuma delas, de qualquer forma, costumam compartilhar tudo que sabem sobre magia tradicional com o grupo. Em Neborum, "lutam" e abrem as portas dos castelos com as técnicas com as quais se sentem mais à vontade, sejam elas manipulações de elementos, lutas corporais ou o uso de instrumentos. | ||
Os alorfos enfrentam uma série de problemas, o mais importante deles sendo a própria opinião pública quanto a eles. A magia é vista de forma diferente em diferentes cidades; em algumas delas, como em | Os alorfos enfrentam uma série de problemas, o mais importante deles sendo a própria opinião pública quanto a eles. A magia é vista de forma diferente em diferentes cidades; em algumas delas, como em [[Al-u-ber (Controlados)|Al-u-ber]] e [[Den-u-tenbergo (Controlados)|Den-u-tenbergo]], ela é habilidade excepcional, por vezes exclusiva, de governantes e notáveis, e portanto o povo comum ''não deve ''se aproximar dela. Em outras cidades a magia é proibida inclusive para alorfos e filinorfos, como em [[Ia-u-jambu (Controlados)|Ia-u-jambu]], [[Al-u-een (Controlados)|Al-u-een]] e [[Inasi-u-een (Controlados)|Inasi-u-een]]. De qualquer forma, em quase todas o ponto comum é grande ignorância quanto ao real significado da magia e seus efeitos (especialmente os sociais), o que sem dúvida é tanto de interesse dos magos como em certa medida consequência de uma ação orquestrada por parte do Conselho dos Magos. Embora enfrentar esses preconceitos seja o primeiro passo para fazer algum progresso no objetivo que têm, os alorfos também precisam lidar com a evasão de seus discípulos para a magia tradicional (já que quando descobrem o que a magia realmente é fascinam-se por ela e, ao invés de lutar contra o sistema, prefere fazer parte dele) e, ao contrário da época em que os alorfos ainda se constituíam como grupo, vê-se magos tradicionais "convertidos" (ou que declaram-se desejosos de se tornarem alorfos) com muito mais suspeita e incredulidade: podem ser aceitos enquanto alunos ainda iniciantes, mas com muita dificuldade sejam aceitos caso sejam magos experientes e bem estabelecidos em suas cidades e tradições - no entanto, um caso como esse seria raro. | ||
==Simbologia== | |||
''Para ler mais sobre o significado da magia na série Controlados, inclusive a dos alorfos, leia o artigo principal "[[A simbologia da magia (Controlados)|A simbologia da magia]]".'' | |||
Os alorfos são, em suma, o projeto iluminista de Heelum. O papel que o conhecimento exerce na libertação do ser humano é um grande motivo dessa tradição. Por outro lado, aqueles dentre os alorfos que buscam educar a todos sobre a magia com o fim de transformar todos em magos podem servir como analogia (mesmo que indireta, e mesmo que ''eles'' ''não vejam as coisas dessa forma'') à ideia de ''Mutually Assured Destruction'', conceito segundo o qual apenas o perigo real de que numa guerra todos saiam perdendo ''evita'' o acontecimento de guerras (uma "paz armada"). | |||
==Personagens alorfos== | |||
* [[Lamar (Controlados)|Lamar]] | |||
* [[Kerinu (Controlados)|Kerinu]] | |||
* [[Caterina (Controlados)|Caterina]] | |||
* [[Lenzo (Controlados)|Lenzo]] | |||
* [[Kan (Controlados)|Kan]] | |||
* [[Fuj (Controlados)|Fuj]] | |||
* [[Tai (Controlados)|Tai]] | |||
[[Categoria:Neborum Online]] [[Categoria:Magia (Controlados)]] | |||
Edição atual tal como às 01h20min de 2 de setembro de 2019
Os alorfos são uma tradição mágica recente na história de Heelum. Ela foi formada com um objetivo específico: ensinar magia para todas as pessoas, compartilhando o conhecimento mágico, de modo a equilibrar as relações de poder desiguais que o conhecimento restrito da magia gera. É a partir dos alorfos e importando suas técnicas, embora não seus objetivos, que surgem os filinorfos.
São um grupo relativamente coeso, embora dentre os seus há quem pense que a magia ensinada deve ser apenas com propósitos defensivos e reflexivos (que façam a pessoa estar mais preparada para agir em sociedade sabendo da existência da magia), enquanto outros acreditem que é preciso fazer com que todos conheçam técnicas mágicas em geral. Suas técnicas não visam tanto o controle sobre o outro, mas sim interações específicas como técnicas defensivas e de manipulação da realidade de Neborum.
Origem[editar]
Para ler mais sobre a história da magia, leia o artigo principal.
Sofrendo os efeitos da Terceira Guerra Moderna e o surgimento dos espólicos, alguns magos dissidentes, sobretudo discípulos, começam a questionar a ordem estabelecida: distribuídas por quase todas as cidades de modo explícito, para os primeiros alorfos as tradições mágicas concentram poder e causam um desequilíbrio injusto, baseado num controle forte, ainda que secreto, da dinâmica política, social, cultural e econômica da sociedade.
Para eles, a causa desse problema era dupla: em primeiro lugar, nem todos conheciam a magia. Em segundo lugar, os próprios magos faziam um esforço conjunto (mesmo sendo na aparência divididos em tradições "rivais") para exercer um poder opressor e controlador sobre a sociedade. A tese de que todas as tradições trabalhavam juntas para fortalecer o domínio dos magos não poderia encontrar fundamento entre discípulos jovens e magos inexperientes: o Conselho dos Magos não era do conhecimento de iniciados. Mesmo assim, criou-se a suspeição. A essa teoria deu-se o nome de aliança magocrata.
Desde então as aspirações dos alorfos (termo que vem do na-u-min alor, que é tornar bonito; embelezar; melhorar) são variadas, embora enquanto grupo marginalizado eles se mantenham coesos. Há quem entenda que o papel dos alorfos enquanto propagadores do conhecimento mágico é principalmente propagar conhecimento sobre a magia, alertando as pessoas para sua existência e fazendo-as lutar por um maior controle sobre os magos - incluindo a eventual instituição da aliança magocrata. Outros entendem que, para que haja paz, todos devem conhecer e dominar as técnicas mágicas - de modo que, com jogos de poder mais equilibrados, a sociedade como um todo se equilibre. Há ainda (tanto quanto nos filinorfos) aqueles que não participam diretamente dos atos, mas prestam solidariedade ao grupo da mesma forma.
Desde o princípio os alorfos foram perseguidos pelos magos tradicionais. Por isso, levaram o conhecimento mágico cada vez mais para as bordas das cidades, para as periferias mais empobrecidas e exploradas, longe de pessoas cujo interesse pessoal poderia levar a denúncias com vistas a recompensas institucionais.
Habilidades e costumes[editar]
Os alorfos não possuem um grupo comum de técnicas assemelhadas às dos magos tradicionais; não visam, a partir de uma perspectiva original sobre Neborum, realizar qualquer tipo de magia como entendida pelos bomins, preculgos ou espólicos (com vistas a controlar os outros). Apesar disso, possuem um conjunto de técnicas muito bem protegidas (ensinadas apenas a alorfos que já ganharam confiança dentro do grupo, para que não sejam transmitidas a magos tradicionais) com vistas principalmente a uma manipulação útil de Neborum.
Por terem sido historicamente marginalizados e perseguidos, os alorfos nem sempre conseguem ter uma vida integrada normalmente à sociedade. Em muitos casos, são alorfos secretamente: em outros, vivem mais longe do centro das cidades, interagindo na medida do necessário com elas.
Os alorfos podem ter sido ensinados diretamente por outros alorfos, ou podem ter conhecido a magia enquanto discípulos de algum mago estabelecido. Em ambos os casos, dão pouca importância à regra geral que diz que não se pode misturar técnicas de tradições diferentes; como não possuem conhecimento muito avançado sobre nenhuma delas, de qualquer forma, costumam compartilhar tudo que sabem sobre magia tradicional com o grupo. Em Neborum, "lutam" e abrem as portas dos castelos com as técnicas com as quais se sentem mais à vontade, sejam elas manipulações de elementos, lutas corporais ou o uso de instrumentos.
Os alorfos enfrentam uma série de problemas, o mais importante deles sendo a própria opinião pública quanto a eles. A magia é vista de forma diferente em diferentes cidades; em algumas delas, como em Al-u-ber e Den-u-tenbergo, ela é habilidade excepcional, por vezes exclusiva, de governantes e notáveis, e portanto o povo comum não deve se aproximar dela. Em outras cidades a magia é proibida inclusive para alorfos e filinorfos, como em Ia-u-jambu, Al-u-een e Inasi-u-een. De qualquer forma, em quase todas o ponto comum é grande ignorância quanto ao real significado da magia e seus efeitos (especialmente os sociais), o que sem dúvida é tanto de interesse dos magos como em certa medida consequência de uma ação orquestrada por parte do Conselho dos Magos. Embora enfrentar esses preconceitos seja o primeiro passo para fazer algum progresso no objetivo que têm, os alorfos também precisam lidar com a evasão de seus discípulos para a magia tradicional (já que quando descobrem o que a magia realmente é fascinam-se por ela e, ao invés de lutar contra o sistema, prefere fazer parte dele) e, ao contrário da época em que os alorfos ainda se constituíam como grupo, vê-se magos tradicionais "convertidos" (ou que declaram-se desejosos de se tornarem alorfos) com muito mais suspeita e incredulidade: podem ser aceitos enquanto alunos ainda iniciantes, mas com muita dificuldade sejam aceitos caso sejam magos experientes e bem estabelecidos em suas cidades e tradições - no entanto, um caso como esse seria raro.
Simbologia[editar]
Para ler mais sobre o significado da magia na série Controlados, inclusive a dos alorfos, leia o artigo principal "A simbologia da magia".
Os alorfos são, em suma, o projeto iluminista de Heelum. O papel que o conhecimento exerce na libertação do ser humano é um grande motivo dessa tradição. Por outro lado, aqueles dentre os alorfos que buscam educar a todos sobre a magia com o fim de transformar todos em magos podem servir como analogia (mesmo que indireta, e mesmo que eles não vejam as coisas dessa forma) à ideia de Mutually Assured Destruction, conceito segundo o qual apenas o perigo real de que numa guerra todos saiam perdendo evita o acontecimento de guerras (uma "paz armada").