Al-u-een (Controlados)
Al-u-een é uma cidade da região leste de Heelum. Seu centro está localizado na foz do Rio Ia, e possui jirs que se espalham pela região até as colinas ao sul e a nascente do rio, na união entre os rios Torto e Al-u-bu. A cidade possui uma fortaleza ao norte, e é considerada uma das mais importantes cidades de Heelum, especialmente nas áreas de política e na arquitetura. Em na-u-min, Al-u-een significa "a bela cidade".
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Pronúncia sugerida do nome da cidade ("Aluin")
Fundação
Al-u-een foi a quarta cidade a ser fundada em Heelum, depois da Cidade Arcaica, Kerlz-u-een e Enr-u-jir. Após a queda da Cidade Arcaica na Primeira Guerra, as duas outras cidades foram construídas como formas de vida temporárias: eram paradas obrigatórias para a reorganização com vistas a recuperar a cidade original. Já Al-u-een foi construída a partir de uma perspectiva diferente: as pessoas não queriam viver de forma precária, eternamente provisória, sem um projeto de vida, esperando o momento de voltar. Era preciso pensar a longo prazo, acreditando que num novo local fixo haveria paz, prosperidade; um novo começo.
"Al-u-een foi a terceira cidade a ser fundada depois que os homens fugiram do Yutsi Rubro, deixando a Cidade Arcaica para trás. No entanto, diz o ditado popular local que ela foi a primeira, já que foi a única cujo povo, à época, quis ficar exatamente onde estava. Na época, Kerlz-u-een e Rirn-u-jir não passavam de postos militares; fortalezas provisórias que todos desejavam abandonar ao primeiro sinal de que pudessem voltar para o lugar de onde vieram. Um ditado jocoso de Roun-u-joss dizia que ela foi a primeira cidade a descobrir a justiça — o que, curiosamente, alguns em Al-u-een ouviriam sem notar o sarcasmo." - A Aliança dos Castelos Ocultos, Capítulo 11 [sc name="cap11short"]
Essa crença, uma das posições no debate que ficou conhecido como dilema do retorno, era compartilhada pelo grupo de refugiados do sul, que fundou Roun-u-joss. Cidade mais militarística e baseada em uma forma diferente de organização, contrasta com o grupo que fundou Al-u-een. Artísticos e sonhadores, fundaram uma cidade com base em inovação arquitetônica e urbanística; as reuniões, lugares da deliberação política, retornaram ao cerne da vida em comum, embora um conselho tenha sido escolhido para organizar as reuniões, cuidar da execução das decisões, e se comunicar com os outros grupos através da rede de luz. Nascia, ainda que de certa forma incipiente, uma forma mais representativa de democracia.
As aventuras
Durante a Primeira Guerra Al-u-een tornou-se uma das cidades mais desenvolvidas na área de cartografia, e atuava decisivamente para explorar os territórios ao seu entorno. A escultura, em sintonia com a arquitetura, tornou-se também motivo de orgulho para a cidade. Antes da nova ameaça, momento que marcou o início da fase das aventuras, começou também a trabalhar na construção de navios, seguindo os passos de Roun-u-joss, mais inovadora nesta área.
A partir da perspectiva de se preparar defensivamente para uma nova investida do Yutsi Rubro, a cidade recebeu ajuda militar de Al-u-tengo. As duas cidades colaboraram inicialmente em um acampamento no meio do caminho entre as duas cidades, lugar que mais tarde se tornaria Karment-u-een. Foi por via marítima que a ajuda de Al-u-tengo, através de Al-u-een, chegou a Roun-u-joss.
O papel que coube a Al-u-een, portanto, foi outro, que não o defensivo: o de colonizador. Sendo um dos maiores grupos a sair da Cidade Arcaica, a cidade já tinha uma grande população e pôde contribuir com a expansão da ocupação humana: fundou Karment-u-een e Rouneen, mas o fez tardiamente e a partir de um certo desinteresse, por parte de sua população, de deixar a cidade que funcionava para eles tão bem. No final das contas, a região nordeste de Heelum acabou recebendo fundadores de Al-u-tengo.
Ao final da fase das aventuras, Heelum era um espaço bem diversificado, com a comunicação entre as cidades através da Rede de Luz mais intensa que nunca. Al-u-ber rivalizava com Al-u-een em termos de arquitetura, e até escultura; outras artes despontavam no cenário, roubando a cena do que parecia ser uma antiquada produção plástica com a escultura. O sistema político de Al-u-een serviu de inspiração para vários outros - em Rouneen, Novo-u-joss, Kor-u-een. A cidade enfrentava competição pelo protagonismo nessa nova era humana, e servia mais como baluarte simbólico de seus valores do que factual.
Segunda Aurora
Na Segunda Aurora Al-u-een precisou enfrentar uma grande deficiência de seu povo em busca da autopreservação: a defesa. Suportada pela ideia da colaboração entre as cidades, o isolamento de comunicação os forçou a reconhecer a grande disparidade e fraqueza em termos bélicos.
Comunicações rapidamente foram restabelecidas com Roun-u-joss, e a cidade marítima mais próxima, Rouneen, também permaneceu em contato. Nesse sentido a tríade do sudeste permaneceu unida, e aferradas à tradição política mais ampla que fundaram.
"Ao longo da história foi um dos locais mais influentes de Heelum: sua arquitetura, cheia de colunas, igualdades e proporções, era muito admirada e copiada. Suas esculturas, que complementavam de forma brilhante o urbanismo perfeccionista, geraram toda uma tradição por seus próprios métodos. Sua política serviu como modelo natural para Rouneen, Ia-u-jambu e Novo-u-joss em seus primeiros tempos." - A Aliança dos Castelos Ocultos, Capítulo 11 [sc name="cap11short"]
Orgulhosos, rejeitaram a oferta de ajuda de Ia-u-jambu, que já despontava como um grande centro de conhecimento - não admitiam a perda do brilhantismo nessa área, e preferiram se manter apenas com os aliados próximos. A partir da aliança de Karment-u-een com Ia-u-jambu (e do sistema político da primeira cidade), as relações entre Al-u-een e ela não se tornaram mais cordiais com o tempo, implicando numa distância maior entre elas.
Da Terceira à Quinta Aurora
Com o surgimento dos minérios Al-u-een voltou a ser lançada ao topo do cenário de Heelum: as comunicações entre as cidades foram ficando cada vez mais intensas, e logo notícias do trabalho magnífico que Al-u-een fazia com a corvônia chegavam a todos. A disputa com Al-u-ber reacendeu-se - estilos diferentes de pensar a cidade foram se redesenhando no fortalecimento da rivalidade.
Al-u-een voltou a ter grande importância para as outras cidades no Debate do Ouro: argumentando contra a crescente mercantilização da cidade, tornou-se uma das últimas cidades a adotar o ouro e o sistema de posse individual - que permaneceu por muito tempo polêmico.
A cidade assistiu à chegada da magia com preocupação, mas sem grandes mudanças: mesmo com a chegada das Doenças da Noite a cidade já começara uma reação popular sem a necessidade dos magos. Mas eles vieram, disseminando o plano e as práticas: a magia se infiltrava, sem muito debate ou reflexão, nas entranhas de uma cidade em luta.
Aurora da União e Guerras Modernas
Al-u-een compartilhou da frustração com os magos tanto quanto Ia-u-jambu após a Aurora da União, mas eles eram influentes o bastante para evitar uma cidade murada: a magia, contudo, foi completamente proibida.
Foi esse cenário que não só impossibilitou um avanço maior por parte dos magos na cidade como também determinou a contínua participação deles nas guerras modernas contra os governores.
"— Porque enquanto a justiça não for feita… Enquanto não soubermos o real motivo deste assassinato… Não poderemos voltar a trabalhar tranquilos. — Nós sabemos porque ele foi morto, senhor Kent. [...] Todos aqui sabiam muito bem o que ele era. Um mago! Ele se foi por causa disso, não há dúvida." A Aliança dos Castelos Ocultos, capítulo 20 [sc name="cap20short"]
Uma tropa de cidadãos em armas avançou, junta a uma força de Roun-u-joss, pelo leste, para conter um último avanço das tropas de Mosves. Foram essas tropas que assistiram uma debandada incomum dos inimigos, e que logo depois presenciaram pela primeira vez os vaziros, considerados monstros.
Na Segunda Guerra Moderna não participou ativamente do imbróglio no norte, mas na Terceira foi decisiva ao resistir à dominação das tropas de Napiczar após sufocar uma rebelião de espólicos. Foi na Terceira Guerra que a cidade sofreu mais com mortes e destruição - e passou a consolidar ainda mais seu exército, sem desviar de uma tradição de política democrática e de uma cidade voltada para as artes.
Acontecimentos do Primeiro Livro
Apesar da grande luta, cultural e militar, contra os magos, a cidade ainda se encontra infiltrada por eles - que conseguiram sucesso em uma cidade economicamente aberta, e que portanto dominam por detrás dos panos parte da cena política. Alorfos e filinorfos, por serem de todo modo magos, são proibidos também; agem, contudo, de modo a eliminar lideranças políticas mágicas que estariam corrompendo a cidade.
Acontecimentos do Segundo Livro
Início de SPOILERS do Volume II – A Guerra da União
Com a declaração da Guerra da União, a cidade passa por um grande debate envolvendo o povo e os parlamentares. A população é quase unânime em dizer que não se deve aceitar qualquer submissão aos magos; dentro do parlamento, a opinião prevalente passa a ser a de que a cidade não terá condições de enfrentar o Conselho dos Magos, e que deve se render até mesmo para preservar a vida de seus soldados e cidadãos, que certamente sofreriam com uma guerra.
Ao lhe entregar cartas secretas de seu pai, Rainha providencia ao chefe de polícia Dalki material suficiente para evidenciar o status de mago de muitos outros parlamentares e outras pessoas influentes, como o banqueiro Monji. Durante a deliberação quanto à guerra, Dalki prende diversos magos, invadindo o parlamento numa operação com o exército da cidade que acaba em conflito.
A cidade vai à guerra, portanto, contra os magos. Na Primeira e na Segunda Batalha Naval de Rouneen, acredita ter libertado a cidade vizinha do controle dos magos. Envia tropas contra Karment-u-een, que cai facilmente - suas tropas haviam abandonado a cidade e fugido para o norte, onde depois se encontrariam com as forças de Al-u-ber e retornariam à cidade para expulsar Al-u-een. Ao mesmo tempo, leva quantidade significativa de tropas à Cidade Arcaica, num esforço coordenado com Roun-u-joss. O ataque conjunto, no entanto, sofre com um tipo inédito de força (Batalha da Cidade Arcaica): soldados invisíveis, assim transformados a partir do efeito de ilusão das esferas de bronze colecionadas de todas as cidades de Heelum aliadas ao Conselho.
O ato causa repúdio na cidade, mas principalmente aflição: com as principais forças, que não deveriam ter problemas em controlar a Cidade Arcaica, fora de cenário, a cidade está desprotegida - e calcula que, ao se tornar vítima dos ataques do Conselho, sofrerá também com o uso das esferas. Onze dias depois do primeiro fracasso, no dia 25 de kerlz-u-sana, a cidade cai perante forças inimigas vindas do norte, também usando esferas de bronze (Batalha de Al-u-een).
Fim de SPOILERS do Volume II – A Guerra da União
Capítulos com a cidade como cenário
- Volume I
- Capítulo 11 [sc name="cap11short"]
- Capítulo 12 [sc name="cap12short"]
- Capítulo 19 [sc name="cap19short"]
- Capítulo 20 [sc name="cap20short"]
- Capítulo 31 [sc name="cap31short"]
- Capítulo 32 [sc name="cap32short"]
- Capítulo 41 [sc name="cap41short"]
- Capítulo 47 [sc name="cap47short"]
- Capítulo 54 [sc name="cap54short"]
- Capítulo extra: A promessa vazia dos alorfos (ler)
- Capítulo extra: Jantar (ler)
- Volume II
- Capítulo 2 [sc name="cap2v2short"]
- Capítulo 8 [sc name="cap8v2short"]
- Capítulo 13 [sc name="cap13v2short"]
- Capítulo 18 [sc name="cap18v2short"]
- Capítulo 21 [sc name="cap21v2short"]
- Capítulo 30 [sc name="cap30v2short"]
- Capítulo 39 [sc name="cap39v2short"]
- Capítulo 50 [sc name="cap50v2short"]
- Capítulo 62 [sc name="cap62v2short"]