Aurora da União (Controlados)
A Aurora da União é uma fase da história de Heelum, famosa pelo fim da epidemia de doenças da noite.
A descoberta dos Talismãs
A Universidade, em Ia-u-jambu, sempre fez pesquisas com minérios - razão pela qual muitos de seus efeitos são conhecidos. Afinal, desde seu surgimento, existe todo tipo de minério, mas apenas alguns possuem efeitos, e estes foram selecionados pela ação humana para que pudessem ser colhidos em maior número.
Durante a Quinta Aurora a pesquisa com minérios cujos efeitos não eram conhecidos (se houvesse algum) foi intensificada. Descobriu-se então que o minério hexagonal roxo e verde-escuro opaco poderia curar as pessoas afetadas pelas doenças da noite.
A Universidade reuniu bomins e preculgos, anunciando a cura. Os pesquisadores de Ia-u-jambu não dispunham da mesma infra-estrutura para distribuir o minério em larga escala, e portanto ofereciam a descoberta para que as tradições mágicas a usassem. O minério ficou conhecido como talismã; foi utilizado por todo o continente, e as doenças da noite enfim deixaram de ser um problema.
"A Fúria de Ia-u-jambu" e consequências da Aurora da União
Os bomins e os preculgos se uniram, teoricamente, na missão de plantar os minérios em lugares estratégicos para enfraquecer as doenças da noite e, mais tarde, doar os minérios às pessoas para proteção pessoal. Isso necessitava de uma plantação em larga escala, mobilizando grande parte da população de cada cidade. Mensageiros da solução final, os magos estavam em alta conta; não precisavam usar de nenhuma magia para serem bem quistos.
No entanto, vendo que o fim das doenças levaria a um retorno à normalidade anterior, magos e políticos começaram a preparar as estruturas para o retorno a uma “normalidade” quer seria definida e homogeneamente aplicada pelos magos em missão de salvamento. Essa normalidade envolvia o desmantelamento dos esquemas de centralização e distribuição da produção em favor do sistema de posse individual, além da plantação das árvores de talismãs apenas em terras dos próprios magos. Logo após o uso amplo dos minérios que controlaram as doenças, o acesso a eles foi restrito pelos donos das terras, e o minério virou uma mercadoria. A dinâmica econômica mudou; os magos, por mais que tenham tentado fazer com que as cidades vivessem exatamente como antes, não conseguiram impedir uma queda na produtividade a partir do medo que as pessoas tinham de serem os próximos a contrair as doenças da noite. Assim, as cidades estavam empobrecidas, mas os magos controlavam um recurso que garantiria uma "redistribuição" de renda para suas mãos a níveis constantes.
Quando os universitários se deram conta da nova dinâmica, encontrada em todo lugar (inclusive Ia-u-jambu), ficaram enfurecidos. O talismã era considerado um patrimônio geral dos humanos, e deveria estar disponível para todos. Várias pessoas influentes nas reuniões de Ia-u-jambu eram também magos, além dos próprios mestres; sendo assim, os universitários atacaram a sede política de Ia-u-jambu, exigindo que os magos fossem banidos do centro de Ia-u-jambu para sempre.
As ações foram rápidas; o expurgo, violento. Os magos (e, plausivelmente, não-magos erroneamente identificados) foram expulsos da cidade. Desde então, magos não são permitidos no perímetro urbano de Ia-u-jambu, que construiu muralhas para controlar a entrada de pessoas nessa área.
Ia-u-jambu, entretanto, foi uma exceção (e por isso mesmo, notável). De resto, os magos saíram da vitória sobre as doenças com extremo prestígio. Confundiam-se com políticos e os mestres, e raramente escondiam suas habilidades - que não eram mais vistas como perigosas. A teoria do renascimento social chegou, em parte, ao fim; os magos provaram seu valor e não deveriam ser segregados da sociedade.
Os não-magos, contudo, não estavam exatamente no melhor dos mundos. A população estava sobrecarregada e empobrecida. Os magos agiam sobre isso também, controlando sentimentos e pensamentos em larga escala, aproveitando a continuidade de suas estruturas de informação e lealdade. O objetivo deste grande controle era a manutenção do status quo que lhes era favorável - em especial considerando que Ia-u-jambu os condenava e atacava publicamente.
O Conselho dos Magos
Ver artigo principal: Conselho dos Magos.
Foi durante esta era que o alto escalão dos dois grupos organizados de magos decidiu formar um conselho composto por membros das duas tradições para que pudessem ajudar uns aos outros econômica e socialmente.
Rock modenal e rock de cidade
Ver artigo principal: rock.
Apesar do trabalho intenso, a arte começava a se reorganizar. O rock de Novo-u-joss estava adormecido; o povo de lá, atabalhoado com o trabalho incomum, buscava novas formas de expressão, longe da música que parecia estar lhes faltando. No momento em que os humanos estavam cada vez mais segregados, e dessa vez cada vez mais submetidos a seus semelhantes, a arte surgia como uma expressão cada aguda de tal contradição: deveriam estar felizes, mas se sentiam oprimidos e falsos; fabricados.
Com uma transformação moderna da palavra “infeliz” em na-u-min, o rock modenal surgiu como uma forma de rock com ritmos melancólicos e solos lentos e arrastados. Geralmente avessos a multidões, eram tocados de forma solitária ou entre grupos pequenos.
A música tradicional subsistia em festas da alta sociedade (ou populares, quando organizadas pela alta sociedade), numa tentativa de reorganizar o espírito social enquanto distração dos indivíduos.
Uma das primeiras decisões do conselho de magos seria impulsionar, através da magia, a criação de bandas de um rock diferente, alegre, expansivo e espetacular, que viria a servir como veículo de uma nova ideologia de felicidade e satisfação com a vida. Essa foi uma tentativa de combater a expansão do Rock Modenal, que era mais contestador, apesar de pouco revolucionário e bastante introspectivo. O Rock da Cidade, como foi apelidado, era amplamente patrocinado pelos (embora pouco vinculado a) magos da cidade em que a banda se formava.