Capítulo 31 do Volume 2: O caminho das ordens (Controlados)
O caminho das ordens | |
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Volume | 2 |
Parte | IV |
Número | 31 |
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--- Nada vai para o Leste ou vem do Leste, a estrada está morta. --- Disse Gagé, balançando de leve a cabeça enquanto falava.
--- Claro, faz todo sentido. --- Respondeu Raquel, do outro lado do mapa. --- Ela só leva a Al-u-een e a Roun-u-joss, que são inimigos.
No escuro quase completo da casa segura, o minério iluminava o mapa que Hiram conseguira para eles. Iluminava de um jeito mais fraco que o normal, já que os quatro se espremiam ao redor dele, tentando decifrar o que tinham aprendido nos últimos dias espalhando-se pela cidade e observando o movimento de charretes que entenderam ser do exército, do governo da Cidade Arcaica ou, em última instância, do Conselho dos Magos.
--- Mas ela leva a Karment-u-een também. --- Disse Hiram. --- E aquela cidade...
--- Aquela cidade está bloqueada por Al-u-een por terra e por água, porque eles provavelmente têm o controle do começo do Rio Ia. --- Respondeu Raquel, desenhando o que pensava com o dedo. --- Admita, Hiram, seria impossível eles confiarem mensagens que precisam ir e vir com frequência a uma região tão instável!
--- E eles não podem dar a volta porque Ia-u-jambu está contra eles também. --- Completou Gagé.
Hiram balançava a cabeça, respirando fundo antes de desapontá-la.
--- Ainda penso que Karment-u-een é a chave...
--- Eu estive lá e não há ninguém passando por lá. --- Recomeçou Gagé, contendo a indignação de Raquel. --- Estradas secundárias, e-eu alternei entre as jirs, e... Nada. Nada. Não há ninguém viajando para lá.
--- Você só não quer admitir que está errado. --- Disse Kan.
Hiram levantou as mãos, mostrando as palmas para os colegas.
--- Tudo bem! --- Disse, cômico. --- Eu me rendo!
--- No Oeste temos uma noção melhor, mas... --- Começou Raquel, o indicador travado em cima da bifurcação ao pé da Montanha Kor. --- Há muitas mensagens nas duas direções.
--- O caminho todo pela floresta Al-u-bu é muito perigoso. --- Comentou Gagé.
--- Mas a viagem até Enr-u-jir é rápida. --- Argumentou Hiram. --- E lá é outro lugar em que um Conselho dos Magos seria construído e escondido com certa... Facilidade...
Falava as últimas palavras já exasperando, tentando ver o que se recusava a aparecer. Kerlz-u-een era a única alternativa, mas uma cidade com alorfos e filinorfos tão ativos parecia ser o último lugar para se instalar um Conselho dos Magos.
--- E no Sul, Kan? --- Questionou Hiram.
--- Nada. --- Respondeu. --- Mas eu não fiquei sempre no Sul.
Havia claramente um limite pelo qual estavam dispostos a esperar pelo suspense numa situação como aquela.
--- Fala! --- Reclamou Raquel.
--- Para onde mais você foi, Kan? --- Traduziu Hiram.
O mago pôs o dedo sobre o pequeno porto da Cidade Arcaica.
--- Segui uma charrete. Vi que os barcos que fazem a travessia primeiro param do outro lado para deixar algumas charretes... E depois continuam.
--- O quê?
--- Mas para onde elas vão? --- Perguntou Gagé.
--- Eu perguntei... Alguns disseram que era um atalho para Imiorina.
Hiram girou o mapa para ele. Desenrolou uma outra porção à esquerda e viu que não havia nenhuma estrada, nem mesmo uma que se formalizasse mais tarde naquela mesma região.
--- O Conselho fica em Imiorina, então? --- Conjecturou Raquel.
Kan balançou a cabeça, descartando a ideia. Um largo sorriso apareceu tão devagar no rosto de Hiram, sendo construído com tanta satisfação, que Raquel sentiu a ideia contagiá-la apenas pelo prospecto de alguém tê-la descoberto. Gagé, que percebeu a transmissão de alegria, perguntou se algum deles tinha descoberto alguma coisa.
--- Sim... --- Murmurou Hiram, estudando o mapa.
--- O Conselho dos Magos não está em cidade nenhuma. --- Disse Kan.
--- Não é exposto, não é arriscado, ninguém precisa saber que existe e só quem já foi lá sabe onde fica! --- Disparou Raquel.
--- Aqui no meio a distância das cidades fica equilibrada... --- Comentou Gagé, lidando com a surpresa com um estado quase catatônico.
Hiram, que ainda sorria, abriu a mão inteira por sobre o bloco do mapa em que estava a região suspeita de abrigar o Conselho dos Magos.
--- Amigos... --- Disse ele, continuando a frase fora do ritmo. Talvez estava cansado de esperar pelo discurso adequado. --- Temos que chegar lá.