Magia espontânea (Controlados)
Magia espontânea é um fenômeno em que uma ou mais pessoas são magicamente atacadas e efeitos são causados em seus castelos, mas não há alguém que ataque ou mesmo coordene os efeitos. É um ataque mágico completamente desprovido de agente ou intenção. Em Heelum diversas gírias regionais e geracionais são usadas para se referir à magia espontânea. A mais corrente, ubíqua e recente é esponta.
Princípio
A magia espontânea é uma forma de magia em que uma ou mais pessoas em um determinado local e relacionadas por algum ponto em comum (especialmente objetivo e estado de espírito) sofrem algum efeito dentre os efeitos mágicos conhecidos (têm seus sentimentos, seus pensamentos ou suas ações alteradas) mas sem que alguém esteja causando e coordenando o ataque; não é preciso um mago sequer para que o fenômeno se manifeste. Técnicas mágicas já conhecidas de magos (nada, portanto, inacessível a eles em outras circunstâncias) ocorrem sem a presença de magos e à revelia deles - de forma que um ataque espontâneo não pode ser tomado durante sua performance, tendo suas "rédeas" assumidas por algum mago.
Ocorrências comuns
A magia espontânea é, para que já ouviu falar dela e a conhece com um pouco mais de propriedade, geralmente associada a fenômenos de massa. Isso, contudo, não é necessário para a ocorrência de magia espontânea.
"— O que é isso, hein? Esse jeito que eu me sinto… — Está tonto? — Um pouco… — Mas é bom, não é? — Perguntou baixinho a morena, já desfeito o abraço. — É… Acho que sim. No geral… — Você não conhece mesmo? — Disse a loira, surpresa. — É magia espontânea! — Aqui a gente chama de esponta." Fjor em conversa com duas mulheres em A Aliança dos Castelos Ocultos, capítulo 50 (ler no site de leitura)
Ela pode acontecer, e o faz com frequência, em festas - especialmente à noite. O ataque é de natureza preculga, único de seu tipo exatamente por fazer o contrário do que reza o resto das outras técnicas preculgas. Enquanto o objetivo delas é reforçar alguma parte da consciência ou ressaltar alguma característica do pensamento, esta técnica é o "afrouxamento" da consciência. Seu efeito é similar ao do álcool aqui, mas com menos agravo nas funções motoras, sem "ressaca" mas, em contrapartida, variáveis níveis de desconforto físico durante o efeito. A musicalidade em geral, independentemente do clima celebrativo usual das festas, pode causar efeitos espontâneos como maiores determinação, foco e clareza mental, além de ansiedade e libido. A perda de um membro de um grupo fortemente unido e coeso pode gerar, durante congregação física dos membros em que o luto seja sentimento predominante, um efeito bomin de conforto. Este exemplo de magia espontânea está marcadamente ligado a um número expressivo de pessoas. Uma instância mais individual, contudo, é a calma causada em bebês e crianças pequenas por pessoas próximas e de confiança.
Simbologia
Em geral, a magia espontânea representa formas de influência não declarada e consciente entre indivíduos e na esfera social. Ela serve tanto como símbolo da forma como nós influenciamos uns aos outros, muitas vezes sem um plano ou uma intencionalidade definida, mas também e talvez principalmente a forma como nossas crenças e expectativas sociais podem gerar, dentro de todo um contexto específico, sentimentos e pensamentos enquadrados em uma mesma lógica. Para além de fazer referência às formas como as pessoas se influenciam mutuamente, a ideia é também tratar do fenômeno do "comportamento de manada", em que as pessoas respondem a uma mesma situação de forma similar e em conformidade com o que os outros estão fazendo. Essa forma de união é não declarada, não consciente e se expressa fortemente na subjetividade de cada um que é parte do grupo, afetando, assim, seu "castelo" na história. Veja também: