Prima-u-jir (Controlados)

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Prima-u-jir é uma cidade da região sudoeste de Heelum, cujo centro está localizado na união do Rio Pesado com o Rio da Discórdia, nascente do Rio Prima. Os jirs ligados à cidade se espalham pelas planícies a oeste e ao sul do centro, além de pelas colinas na região da nascente e por pequena parte da Floresta dos Oniotos. A cidade possui uma fortaleza ao sul, de onde a estrada se bifurca para levar ao centro de Den-u-pra ou ao seu porto fluvial.


Pronúncia do nome da cidade ("Primaujir")

Em na-u-min Prima-u-jir significa "vila da união", em menção à junção dos rios.

Fundação[editar]

Prima-u-jir foi a décima-segunda ou décima-terceira (décima-terceira ou décima-quarta, considerando os Al-u-bu-u-na) cidade a ser fundada, dependendo do ponto de vista adotado. Tendo sido fundada durante a Fase das Aventuras, sendo parte das Aventuras do Oeste, foi pensada primeiramente como posto intermediário entre as cidades da costa ao sul e Den-u-tenbergo, cuja fundação já havia sido decidida. Prima-u-jir, portanto, foi construída e habitada primeiro, mas isso foi decidido mais tarde que no caso de Den-u-tenbergo. Assim como Kerlz-u-een - porém com menor cunho militarístico - foi pensada como uma espécie de localização provisória.

Desenvolveu-se na nascente do Rio Prima uma vida comunitária descentralizada e baseada na agricultura, na pesca e, enquanto projeto futuro, na construção de navios - a área era extremamente propícia para tal, considerando a largura e profundidade dos rios, além da proximidade com Den-u-pra, cidade com grande potencial marítimo. Prima-u-jir também passou a se destacar, um pouco mais tarde, como expoente da música tradicional.

Segunda Aurora[editar]

Quando a rede de luz desapareceu, a cidade passou a se comunicar e a realizar trocas comerciais com as cidades do sudoeste através de barcos. Isso a isolou em particular de Imiorina, já que as pessoas não queriam atravessar o deserto sem um guia mais confiável e com tantas coisas mais urgentes. Foram tempos difíceis para Prima-u-jir, assim como em qualquer outro lugar, mas por um lado a cidade sempre foi suficiente no que tangia aos aspectos básicos da vida. Apertaram-se os laços comunitários e com eles, as tradições; o conhecimento agrícola da região manteve-se com eles, nunca tendo sido confiado a outra cidade ou organizado em outro local.

Muito tempo se passou até que novas gerações se acostumassem à ausência da luz, expandissem os limites da cidade e intensificassem os contatos com outros locais. Foi construída uma estrada ligando Prima-u-jir a Den-u-pra e a Kor-u-een. Isso acelerou o processo de reunificação linguística e cultural de Heelum, que demorou um tempo ainda mais longo - para Prima-u-jir em particular. Um estilo de vida introvertido e autossuficiente levou a grandes conflitos quando o assunto foi a unificação linguística.

Terceira Aurora[editar]

A descoberta dos minérios ajudou a impulsionar a música tradicional de Prima-u-jir para uma era de grandes festivais - a cidade se "modernizou" em termos de iluminação e saúde pública graças a investimentos de Ia-u-jambu, e não por acaso as festas musicais davam grande destaque a ousados artistas novos que se expressavam na (nova) "língua humana".

Quarta Aurora, Quinta Aurora e Aurora da União[editar]

Prima-u-jir, cidade em que se passa o primeiro capítulo de A Aliança dos Castelos Ocultos, em detalhe nos mapas do livro.

Prima-u-jir assistiu à chegada da magia e das doenças da noite sem mudanças que destoaram das outras cidades. Tendo estabelecido uma relação com minérios e trocas em geral mediada por Ia-u-jambu, e ainda tendo uma relativamente forte vida comunitária, o sistema de posse individual não foi tão pervasivo - de modo que o debate entre a teoria da escuridão e a do renascimento social foi restrito, praticamente irrelevante naquele contexto.

A magia, contudo, foi obviamente vista como uma ameaça - mas um tipo de ameaça moral e pessoal; o desconhecimento maior acerca do assunto fez com que reuniões e pequenas associações domésticas de magos pudessem continuar a existir nas cercanias da cidade sem sanções ou perseguições.

As doenças da noite vieram e fizeram muitas vítimas em Prima-u-jir. Na Aurora da União as tradições mágicas ganharam particular força ao promover a cura após um período de pouca aceitação quando o que se tentava fazer era apenas a motivação; em Prima-u-jir todo o estilo de vida comunitário foi subvertido e atomizado, com uma monarquia centralizadora (e magocrata) vindo a substituir a organização democrática anterior. A Aurora da União foi um período devastador para a cidade, mas o pior ainda estava por vir.

Primeira Guerra Moderna[editar]

Prima-u-jir teve grande importância neste período, uma vez que o governor, Mosves, nasceu em Prima-u-jir. Mosves aprendeu magia preculga desde muito cedo. Não participou da vida política de Prima-u-jir, mas chegou a participar de reuniões de preculgos em outras cidades em função de seu mestre. Segregador, entendia a situação dos magos à época como uma oportunidade única: os magos mereciam muito mais, e era preciso que Heelum reconhecesse o valor e a supremacia dos magos.

Depois de um curto período no Conselho dos Magos, Mosves retornou à cidade frustrado com a cautela dos companheiros de Conselho. Invadiu a sede do governo de Prima-u-jir e provocou uma carnificina a partir de suas habilidades mágicas, assumindo o controle da cidade. Prima-u-jir sofreu uma transformação prática radical. Muitas pessoas foram tomadas à força para formar um contingente armado - o chamado exército - uma inovação militar em Heelum, e um novo tipo de terror para a população.

Prima-u-jir, sob o comando de Mosves, conquistou Den-u-pra, Kerlz-u-een, Kor-u-een e Torn-u-een. Ao tentar atacar Imiorina, contudo, sofreu uma derrota. Isso intensificou o controle mágico de Mosves sobre seu exército, mas não foi o suficiente para derrotar os soldados especializados (tanto na luta quanto na geografia do deserto) de Imiorina. Tropas de Novo-u-joss, Inasi-u-een, Al-u-tengo e Roun-u-joss colaboraram para impedir a expansão das tropas de Mosves, e as cidades de Novo-u-joss, Inasi-u-een e Imiorina foram responsáveis pela investida direta contra Prima-u-jir, que caiu rapidamente.

"A trilha era sinuosa e estreita, uma estradinha que circundava o lado leste de Prima-u-jir, ligando terras mais distantes a outras mais próximas do centro. Já estava quase completamente escuro, e ali apenas um minério no topo de um alto poste de corvônia iluminava a região com uma fria luz azul. Para além do distante foco ficavam as estrelas." A Aliança dos Castelos Ocultos, capítulo 2

Mosves fugiu para o sul, mas foi atacado por tropas de Al-u-een e Roun-u-joss. Forçou suas tropas a lutar até as últimas consequências, mesmo com baixíssimas chances de vitória e em extrema desvantagem numérica. A essa imensa pressão mágica é atribuída a primeira transformação de humanos em monstros, os vaziros. Mosves cometeu suicídio, deixando para trás uma cidade ocupada, com uma população significativamente menor e oprimida por forte magia preculga.

Reorganização da cidade[editar]

A primeira consequência foi uma grande reavaliação social da transformação de Prima-u-jir. Outrora uma verdadeira comunidade, os magos apresentaram-se como gerenciadores bondosos e "conhecedores do caminho" na época em que as doenças da noite faziam centenas de vítimas por temporada.

Para isso liberdades políticas foram emprestadas, mas nunca devolvidas; a forma como se trabalhava e se conseguia o que era preciso para viver mudou radicalmente, e no fim as pessoas foram forçadas a servir à morte e à destruição - termos muito mais estranhos e impactantes para a maioria dos humanos à época. A magia foi, então, proibida; com um controle já pervasivo e sólido, conseguiu-se que a magia fosse apenas proibida dentro do parlamento - instituição que marcaria a volta da democracia, dessa vez mais organizada e mais centralizada.

Da Segunda Guerra Moderna aos acontecimentos do primeiro livro[editar]

Do arquivo de rascunhos do autor na época da produção do segundo volume, um mapa da jir central de Prima-u-jir.

Prima-u-jir não mais assumiu papel importante nas outras guerras e fases da história de Heelum. Do processo de reconstrução que teve origem com a queda de Mosves surgiu uma cidade que tentou buscar suas raízes comunitárias e as encontrou com certa dificuldade: o resultado foi uma cidade fechada em si mesma, endividada e empobrecida, com uma diversidade desintegrada de jirs. Não é mais particularmente relevante pela música, embora as festas sejam uma tradição que eles conseguiram manter, ainda que a um certo custo - elas acontecem agora em cada jir separadamente.

A magia, apesar de continuar a ser um assunto delicado - os magos não costumam se declarar tão abertamente que o são - não é proibida e parte da população não se importa o bastante para se preocupar. Mosves ainda é uma figura odiada em geral, e a estratégia dos magos locais passa pelo incentivo ao "esquecimento" da figura do governor preculgo. O parlamento também possui entre seus membros alguns magos - essa situação sendo ilegal.

Acontecimentos do segundo livro[editar]

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A Guerra da União altera substancialmente a política local. Os parlamentares magos revelam-se, sem medo de reprimendas ou consequências, enquanto os opositores fogem do centro em direção a jirs periféricas. Eles iniciam um movimento de conscientização cujo contra-ataque é composto por ataques por parte dos preculgos da cidade, que tentam convencer a população de que se unir aos magos na guerra seria a melhor ideia.

Os opositores, liderados por Caterina e auxiliados por alorfos de Kerlz-u-een, conseguem organizar uma grande revolta popular contra o governo aliado dos magos. A revolta logo se transforma em batalha civil (Batalha de Prima-u-jir), que por envolver soldados, civis e todas as zonas de intersecção, arrastou toda a cidade num conflito de catorze dias. No fim, com o prédio do exército tomado pelos rebeldes, yutsis de guerra foram libertados na cidade, o que selou a deslegitimação do grupo já fragilizado. Caterina, a única líder ainda viva, foi presa, mas foi libertada logo depois por Alice como parte do plano da parlamentar de culpar a rebelde pela morte de Byron. Ao encontrar Kerinu, contudo, não satisfez seu papel completamente, fugindo da casa de Byron com Kerinu e um Tornero dominado pelo amigo alorfo.

Capítulos com a cidade como cenário[editar]

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