Quinta Aurora (Controlados)
A Quinta Aurora é uma fase da história de Heelum mais conhecida pelas doenças da noite, um mistério de Heelum.
Consequências das doenças da noite
O resultado imediato das doenças da noite foi uma transformação radical da vida social nas cidades. Havia um (completamente justificável) receio de sair às ruas; em muitos casos o trabalho foi interrompido completamente. O sistema de posse individual ficou completamente congelado, uma vez que o número de transações comerciais diminuiu drasticamente e, a este ponto, cada família tentava se sustentar por si própria. As reuniões públicas, onde tencionava-se discutir soluções para este problema, eram atendidas por cada vez menor número de cidadãos.
A fundação dos Bomins e a ascensão dos magos
Os magos, que continuavam se reunindo em pequenos grupos, começaram a discutir uma eventual grande reunião para tentar contribuir na luta contra as doenças. Esta primeira grande assembleia dos magos reuniu magos e não-magos (como líderes influentes, representantes eleitos, entre outros) de várias cidades do noroeste de Heelum, tendo Dun-u-dengo como sede. Nesta reunião uma série de decisões foram tomadas. Em primeiro lugar, um sistema centralizador-distribuidor de economia, especialmente em termos alimentícios, seria emergencialmente instaurado no lugar do sistema de posse individual. Os magos então viajariam pelas jirs para, através de técnicas mágicas, incentivar as pessoas a trabalhar e voltar à atividade normal mesmo contra suas vontades. Isso seria feito em grupos de magos, sendo que pequenas comitivas seriam enviadas a várias cidades, inclusive aquelas das quais ninguém havia vindo para a reunião (a fim de espalhar e ensinar a estratégia). A parte do ensino era crucial, pois várias técnicas mágicas foram expostas e compartilhadas com vistas a garantir efetividade por parte de todos os magos. Essa foi uma das razões explícitas para a instituição daquela comunidade de magos: a eficácia deste método a ser usado para salvar as cidades precisava ser garantido; as técnicas deveriam ser aprimoradas, ensinadas, reproduzidas. Contudo, para que não houvesse um ensino fora de controle acarretando consequências graves para os próprios membros (que, para continuar a fazer estas tarefas de salvamento, não deveriam se deixar controlar por outrem), concordou-se que haveria penas severas para o ensino das técnicas para não-membros. Nesta reunião foi, pelo mesmo raciocínio, adotado o sistema de mestre e discípulo para transmissão de conhecimento mágico. Este grupo de magos se denominou como o grupo dos Bomins.
A luta contra as doenças da noite
Muitas pessoas morreram durante este período da história de Heelum: primeiro pela ação das doenças; depois, porque os magos as fizeram se arriscar mais para que as cidades pudessem continuar a se mover e as pessoas não morressem simplesmente por falta de recursos; e, como um terceiro fator, os próprios magos e outros auxiliares morreram pela exposição ao executar o plano ou viajando para outras cidades para tentar evangelizar outros grupos de magos a segui-lo. Os Preculgos foram fundados ao sul como um grupo que executaria uma tática semelhante, mas usando as técnicas que estavam disponíveis para eles no momento - que seriam marcadamente diferentes que as dos Bomins. Na porção sudeste do continente, o tipo de reação que os magos estavam ajudando a propagar havia começado já sem um movimento mágico - especialmente em Roun-u-joss, Al-u-een e Rouneen. Os Al-u-bu-u-na foram protegidos das doenças da noite por ação do mistério Al-u-bu. Em Ia-u-jambu, os magos (em grande parte Bomins) foram publicamente rejeitados por causa da relutância, advinda da institucionalização em Dun-u-dengo, a compartilhar conhecimentos mágicos. Esforços foram direcionados, na cidade, ao estudo das doenças da noite e à descoberta de algo que pudesse combatê-las. A cultura da Quinta Aurora lentamente foi se construindo em torno da luta contra as doenças. Apesar dos sistemas de centralização e distribuição que foram montados nas cidades, o individualismo e a desconfiança social se tornou maior do que nunca - mais e mais as pessoas tinham ciência de que os magos é que as faziam trabalhar - e se por um lado isso possibilitava uma sombra da vida comum que tinham antes, as mortes se acumulavam, e o incentivo a se salvar, mesmo em detrimento dos outros (por mais que incerto e abstrato) era grande. Além disso, muitos magos (intencionalmente ou não), atacavam de modo a incentivar nos atacados sensações de auto-interesse, como a vontade de um futuro de glória pessoal e fortuna - ou, no caso dos preculgos, a lógica de que colaborar com os outros agora seria a única forma de garantir a sobrevivência — e que também, no futuro, logo voltariam para a normalidade. Tangencialmente, assim, a normalidade ia sendo definida: a posse individual. Mais do que isso, já que muitos magos lideravam esforços fatais à procura de uma solução, a imagética dos "heróis individuais" foi sendo desenvolvida, inspirando as pessoas comuns a temerem e respeitarem magos. Não só os magos de fato se consolidaram como grupos durante este período, mas seu status em Heelum melhorou consideravelmente em relação à Quarta Aurora.