Revolução sexual (Controlados)
A revolução sexual foi um movimento cultural de Jinsel que aconteceu durante a Primeira Aurora e, apesar de ser notavelmente reconhecido no resto do continente, não teve impacto sério e duradouro fora da cidade de origem. Festas e cultura artística popular sempre foram um fundamento do povo que colonizou Jinsel, mas a cultura relativa ao sexo – sob, contava-se, a orientação da luz – preconizava o sexo como um acontecimento a ser protegido, no sentido de não misturá-lo a outros aspectos da vida social, especialmente os festivais e as artes. Jinsel colocaria essa perspectiva em cheque. Na cidade, a arte só se tornaria completa quando incorporasse o sexo à sua execução, e que nem mesmo a política precisava necessariamente ser limpa de qualquer associação à palavra. Em diversas cidades orgias e fenômenos sexuais mais amplos eram corriqueiros, mas completamente separados de qualquer manifestação artística, política e até mesmo das festas. Jinsel inovou a questão e escandalizou o resto do mundo ao propor a derrubada de barreiras que segregavam essas dimensões da vida. Simbolicamente, pode-se dizer que é um processo inverso àquele que vivenciou a cristandade pós-Roma; não se tratava tanto de moralizar os hábitos e purificar a vida, mas de descobrir nesses impulsos algo muito mais profundo e, naquele contexto (da história, do livro), significativo.