Den-u-pra (Controlados)
Den-u-pra é uma cidade do sudoeste de Heelum. Cidade litorânea, seu território abrange dois rios: o Rio do Sul e o Rio Jambu. Enquanto a jir central fica no delta do Rio Jambu, um importante porto fluvial se fixa ao Rio do Sul. Em na-u-min, Den-u-pra significa "céu brilhante".
Pronúncia do nome da cidade
Fundação[editar]
Fundada ainda durante a Primeira Guerra, Den-u-pra foi a sétima (ou oitava, levando em conta os Al-u-bu-u-na) cidade criada em Heelum. Assim como em Kor-u-een, os primeiros colonos eram moradores de Kerlz-u-een que não queriam voltar para a Cidade Arcaica, uma minoria no debate do retorno.
Den-u-pra, assim como a Kor-u-een, adotou o modelo de democracia representativa nos moldes de Al-u-een. Como em Novo-u-joss, uma cultura de grandes grupos familiares, especialmente ligados por afinidade, tornou-se prevalente desde o início. Logo tornou-se uma cidade pioneira em um campo até então pouco explorado por artistas: as roupas. Para além disso, era uma cidade particularmente conhecida por suas festas, frequentes, longas e envolventes.
Den-u-pra foi fundamental para a construção e colonização de novas cidades no sudoeste durante a Fase das Aventuras, como Torn-u-een, Prima-u-jir e Den-u-tenbergo.
Da Segunda Aurora à Aurora da União[editar]
Com o fim da Rede de Luz, Den-u-pra precisou desenvolver sua navegação para ter segurança a ponto de voltar a se comunicar por longas distâncias e até manter um comércio tímido. As trocas foram se fortalecendo até o ponto de gerar uma rede relativamente estável ao longo do tempo, ligando Torn-u-een, Den-u-pra, Prima-u-jir, Kor-u-een e Kerlz-u-een.
A impressão mitológica dos mestres agiu com força na cidade. A democracia representativa fortemente baseada em reuniões públicas e amplamente atendidas foi substituída por um sistema em que cinco mestres seriam escolhidos pelo povo e então os representariam numa espécie de conselho. Este conselho deveria cuidar da erudição de seus membros, preparando os próximos eleitos para agir no cargo com conhecimento e sabedoria, para além de simplesmente agir com responsividade perante os eleitores em geral.
A mudança foi em parte motivada pelo grande desgaste que o sistema democrático sofreu com o fim da Rede de Luz. Não somente o processo teve que ser transformado radicalmente e por muito tempo as pessoas tiveram problemas para se acostumar à mudança, como também a situação de isolamento da cidade punha em pauta questões que dividiam a cidade e causavam brigas cada vez mais acirradas (especialmente, como citado, sem a mediação da Rede de Luz). A escolha por um grupo de mestres foi uma tentativa de manter controle sobre os líderes (a partir da eleição), mas também de depositar esperança no trabalho especializado de pessoas que pensassem as questões com reserva, paciência e inteligência. A legitimidade diminuía a contestação quanto às decisões, e a distância que garantia um trabalho tranquilo aos "políticos profissionais" foi garantida por uma distância geográfica entre o grupo e a jir central: os mestres vivem em um palácio de arquitetura singela na Montanha dos Mestres (assim (re)nomeada a partir dessa reforma política).
Com o tempo e a tecnologia, foram construídas estradas que ligavam Den-u-pra a Prima-u-jir e a Torn-u-een, e a conexão entre as cidades tornou-se mais forte.
Durante a Terceira Aurora a tendência de relacionamento entre as cidades apenas cresceu: Den-u-pra, afinal, estava em uma posição central num território cheio de cidades, e o controle do fluxo comercial lhe dava uma grande vantagem. A cidade se tornou mais cosmopolita; as festas foram valorizadas, e todo tipo de inovação, do rock à revolução sexual, haviam sido incorporados a elas de formas criativas. Foi criado também o Teatro das Estrelas, grande monumento da cidade.
Den-u-pra passou pelos mesmos problemas históricos que assolaram as outras cidades, como as doenças da noite e, mais tarde, os primeiros conflitos em relação aos magos. Um sistema político de poucos líderes com grandes poderes, contudo, foi um alvo fácil para a forma como os magos operam, de forma que em pouco tempo a cidade estaria passível de forte manipulação por parte de seus magos.
Guerras Modernas[editar]
Den-u-pra foi uma das primeiras cidades a cair para as tropas de Mosves. Dominada e desacostumada à guerra, o choque e a transformação foram profundos. Ainda assim, a associação entre os magos e os horrores das guerras foi diminuída, conforme a ação cultural e política das elites mágicas da cidade. Como consequência, mesmo ao longo de três guerras, a magia nunca foi proibida na cidade, e o sistema político nunca foi (fortemente) questionado.
Den-u-pra, contudo, é uma cidade que prosperou ao longo das fases mais recentes da história de Heelum, e com isso veio o orgulho associado a uma nova causa percebida para os problemas das guerras: disputas entre cidades enquanto tais. Sendo assim, para os moradores o grande problema foi ter sido dominada para uma cidade pequena e pouco "grandiosa" como Prima-u-jir, e mais tarde, terem sido atacados por agentes arrogantes que, na mente dos cidadãos de Den-u-pra, representavam ocultamente a Cidade Arcaica. A independência da cidade, portanto, é algo relativamente valorizado pelos moradores.
Acontecimentos do primeiro e do segundo livro[editar]
Den-u-pra foi essencial para o Conselho dos Magos durante a Guerra da União. Apesar de a magia não ser mal vista como um todo pela população, o fato de que se aliar ao Conselho significaria ceder independência política foi o suficiente para gerar protestos e conflitos na população. Isso paralisou a cidade por alguns dias, mas no fim a aliança à Cidade Arcaica foi oficialmente declarada.
Nos dias 9 e 10 de kerlz-u-sana participaram da Batalha do Porto Fluvial de Den-u-pra, quando foram atacados por uma força anfíbia de Roun-u-joss e Kor-u-een, e da Batalha dos Campos do Rio Ume, em que um pequeno destacamento de yutsis tentou ajudar Den-u-tenbergo na Batalha de Torn-u-een, mas acabou massacrada no início do território da cidade inimiga.
Fazendo parte de uma força conjunta com Kerlz-u-een e Prima-u-jir, a cidade ainda participou de todas as batalhas envolvendo a difícil conquista de Kor-u-een (a Batalha da Fortaleza de Kor-u-een, a Batalha de Kor-u-een e a Segunda Batalha de Kor-u-een).
Bem no início da guerra, a cidade é usada como rota de fuga de Lamar em direção a Imiorina. É no Porto Fluvial da cidade que ele é capturado por Dier.
Capítulos com a cidade como cenário[editar]
- Volume I
- A cidade não é cenário de nenhum capítulo no Volume I
- Volume II