Quando comecei a escrever a Série Controlados, eu sabia que ela seria capaz de provocar grandes discussões sobre questões extremamente relevantes para o nosso mundo hoje: desigualdades econômicas, influências socioculturais, ativismo, ética, poder… Tudo isso é central para entender o simbolismo presente nesses livros.
Foi por isso que em 2013, em parceria com a biblioteca do Centro de Educação Municipal Profa. Maria Iracema Martins de Andrade (CEMIA), em São José, SC, comecei um projeto de oficinas literárias para levar A Aliança dos Castelos Ocultos para mais perto de alunos do nono ano do ensino fundamental.
Não poderia ter dado mais certo. Os alunos adoraram, os professores colaboraram – foram duas aulas para cada turma, uma aula diferente em que conversamos bastante e desenvolvemos uma boa linha de pensamento. Nos anos seguintes, várias escolas da Grande Florianópolis participaram do projeto, públicas e privadas, sem pagar nada, e os resultados são sempre semelhantes.
Antes de ser uma palestra, uma oficina literária (nesse caso, uma oficina de leitura) é uma espécie de conversa guiada: interativa, com vídeos, referências às notícias e à cultura pop, e bastante espaço para os alunos se inserirem e avançaram a discussão em seus próprios termos.
Os temas são apresentados como questionamentos, problematizações, e propostas baseadas em autores e pensadores. A ideia é sempre convidar à reflexão: não dá pra resolver as grandes questões do mundo em uma hora e meia, mas pode-se plantar sementes e uma ideia geral sobre o que já se discutiu sobre o assunto – e um evento como esse pode se alongar para dentro da sala de aula mais tarde, expandindo ideias e momentos da oficina para novas direções (e sempre acaba fazendo isso, segundo minhas experiências).
A maioria das oficinas envolve diretamente a leitura: há momentos específicos em que os alunos leem curtos capítulos da obra sendo trabalhada para podermos então discutir com mais propriedade o que está sendo trabalhado. Isso é importante porque trabalha a interpretação de textos, por um lado, e por outro porque dá um exemplo mais concreto da forma como podemos, a partir da leitura que fazermos, lermos também o nosso próprio mundo. O momento da discussão pós-leitura serve para mostrar para os alunos como a leitura não só nos tira do real, levando-nos para outros mundo; ela nos devolve com o poder de ver o nosso mundo de novas maneiras.
A ideia é sempre trabalhar a literatura em conjunção com tópicos que a escola já está abordando junto aos alunos. A partir dessa necessidade nasceram vários “modelos” de oficina, tais como:
- Desigualdades e influências: uma discussão sobre o poder
- Oficina Identidade
- Oficina Comunidade
- Pensando a literatura fantástica
- Desigualdades, influências e sustentabilidade: um viés político para a questão ambiental
Palestras
Além de oficinas literárias, preparo também palestras envolvendo a literatura e a Série Controlados.
Em 2015, estive na Segunda Exposição “Guerreiros: do Bronze ao Aço”, no Palácio Cruz e Souza, para uma palestra sobre os desafios na literatura fantástica atualmente. Estive também em feiras literárias em Santa Catarina, participando como autor independente.
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