Cidade Arcaica (Controlados)

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A Cidade Arcaica é o nome da mais antiga cidade dos humanos em Heelum - quando era ainda a única cidade, era chamada simplesmente de Heelum, sem ser conhecida por sua importância histórica ainda por ser feita.

O centro da cidade está localizado aos pés da Montanha Kor, e o restante dos jirs não desvia muito do centro, concentrando-se nas colinas um pouco a oeste e nas planícies a leste, margeando o rio Al-u-bu. Foi na Montanha Kor que surgiu a Rede de Luz e os próprios humanos, e na língua na-u-min Kor significa "luz" e "branco" (a cor branca).

Primeira Aurora[editar]

Para ler mais sobre a fundação da Cidade Arcaica, leia o artigo principal "A Rede de Luz e o Surgimento dos Humanos".

Para ler mais sobre a Primeira Aurora, leia o artigo principal "Primeira Aurora".

A Cidade Arcaica é o berço de toda civilização humana em Heelum, sendo a única cidade existente na época. Muitas das bases sociais e práticas culturais que marcariam as diferentes cidades após a Primeira Guerra estavam presentes na Cidade Arcaica, algumas delas com ecos nas pessoas do tempo presente da narrativa da série.

Primeira Guerra[editar]

A Primeira Guerra foi acima de tudo a história da fuga e dispersão dos homens por toda Heelum. Quando a falta de reciprocidade quebrou a cadeia da Rede de Luz surgiu o Yutsi Rubro, uma criatura poderosa e malévola que arrasou a Cidade Arcaica e era incontrolável.

Centro de Heelum, com a Cidade Arcaica na parte de baixo. No detalhe, uma representação dos Arcos Brancos.

Com a Primeira Guerra de certa forma perdida, os humanos fugiram, fundaram outras cidades, e desenvolveram-se de certa forma ainda unidos, mesmo muito distantes, através da rede de luz que conectava os diferentes grupos humanos. A Cidade em si foi abandonada sob o domínio do Yutsi Rubro até uma iniciativa conjunta das já desenvolvidas outras cidades para recuperar o local de origem dos humanos.

Através da Rede de Luz, as cidades arranjaram um exército de 21 pessoas que, depois de muita dificuldade, conseguiu derrotar o Yutsi Rubro. Agora poderiam recolonizar a Cidade Arcaica.

No entanto, momentos depois o corpo do Yutsi se desfez, e ínfimas partes dele começaram a bailar pelo ar, entrando suavemente nos corpos dos guerreiros. Isso foi interpretado por uns como sinal negativo, e por outros, como positivo; a esse episódio atribuiu-se, mais tarde, o surgimento da magia. Os guerreiros que voltaram para as cidades de origem foram recebidos com grandes honrarias, abrindo uma tradição "familiar" de importância e destaque - a dos "mestres". Foram reconhecidos como mais corajosos, fortes, inteligentes e destemidos, confiáveis e justos.

Segunda Aurora[editar]

Embora os eventos sejam separados por uma questão de dias, o marco que inicia a Segunda Aurora não é tanto a reconquista da Cidade Arcaica mas o desaparecimento da Rede de Luz.

É por isto que, mesmo com o Yutsi Rubro tendo sido derrotado, a Cidade Arcaica só pôde ser recolonizada muito tempo mais tarde, a partir de proposta feita no Concílio da Modernidade - e mesmo assim muito tempo depois que a língua, já muito diferente da na-u-min, foi duramente reunificada. A nova Cidade Arcaica se ligou às outras cidades por meio de estradas para Ia-u-jambu, Enr-u-jir e Roun-u-joss. Foi durante a recolonização da Cidade Arcaica que os Al-u-bu-u-na foram "redescobertos" pelas outras cidades (a existência de um outro grupo de "fugitivos" era, para o resto dos foragidos da Cidade Arcaica durante a primeira guerra, totalmente desconhecida ou pelo menos não-registrada).

Terceira Aurora[editar]

Um certo interesse comercial subjacente à recolonização da Cidade Arcaica (especialmente por sua privilegiada posição geográfica) começa a se fazer sentir; a Cidade Arcaica torna-se um bom centro comercial, mas começa a encaminhar esta nova renda para o financiamento da vontade de se tornar algo mais elevado, mais representativo - os colonizadores da Cidade Arcaica certamente não se sentiam prosaicos na sua missão de dar nova vida àquela que foi uma vez o centro único de Heelum. Enr-u-jir, portanto, facilmente tornou-se a cidade comercial mais importante de Heelum, o que não feriu o orgulho da 'Velha Cidade' nem um pouco.

A vida cultural era pujante na Cidade Arcaica - com atrações que sempre remontavam à tradição do local, com especial apelo à música tradicional. A política era conhecida como burocracia, modelo político em que os representantes políticos são menos ativos, gerando uma espécie de constituição ampla que regula certos elementos da vida pública, e as jirs conservam grande poder decisório sobre a escolha e a atividade dos burocratas, representantes que, embora não possam alterar as leis maiores da cidade, conduzem a vida pública, as disputas, os registros e documentos, etc.

Da Quarta Aurora à Segunda Guerra Moderna[editar]

A Cidade Arcaica passou pelos mesmos problemas que as outras enfrentaram com as doenças da noite, assim como os mesmos processos através dos quais os magos ganharam prestígio e poder nas relações sociais entre as cidades.

Na Primeira Guerra Moderna, a Cidade Arcaica não participou ativamente. A magia era permitida; os magos, já um pouco influentes, não tinham certeza do que aquilo tudo significava para eles e o futuro deles mas os exércitos mal formados de uma cidade despreocupada com a guerra (como eram também muitas outras) impediram grande inserção no conflito à época.

Foi na Segunda Guerra Moderna que a Cidade Arcaica, mesmo não participando ativamente, começou a se organizar de forma relevante. Os parlamentares decidiram pela criação de um exército próprio para a cidade, com treinamento organizado, como já acontecia com outras cidades. Isto esteve diretamente ligado à aparição da terceira tradição mágica.

Napiczar[editar]

Napiczar, nascido na Cidade Arcaica, foi um garoto marcadamente prodigioso. Expressivo, organizado, inteligente; fez parte da pequena porcentagem de pessoas que aprende magia sozinho. No entanto, ele foi único, pois descobriu, totalmente sem guias, o segredo para uma nova forma de lidar com as invasões mágicas.

Ele fundou então a tradição mágica dos espólicos, passando a difundi-la entre discípulos. Ao ver o surgimento do exército da Cidade Arcaica, foi inspirado quanto ao comando, à hierarquia - sua magia seria a forma de constituir a maior de todas as forças. A partir disso começou a pensar em como unir as pessoas através de um forte comando poderia ser algo vantajoso e único. Esse seria, para ele, o ápice da inteligência humana: a administração de um grande contingente de força. Atormentado por essas ideias de poder e soberania, Napiczar conduziu outros a se aliarem a ele, compartilhando da mesma insana busca por esse modelo ideal de exército, de força.

Isso não era uma fascinação estranha ao espírito da época. Os exércitos, a criação de uma força múltipla, capaz de grande destruição - especialmente a de vidas. Estavam todos preocupados com o rumo das coisas, e com o que isso significava em termos de quem eram os humanos afinal; de que eram capazes. Mas Napiczar não tinha dúvidas: ele seria o homem responsável pela criação do maior de todos exércitos, a força mais gloriosa que Heelum já havia visto. Mas para isso precisava ficar mais forte.

Terceira Guerra Moderna[editar]

Napiczar lutou pelo reconhecimento dos espólicos dentro do círculo dos magos, mas apesar do crescente número de discípulos ele não conseguia a ascensão simbólica que almejava. Afinal, uma nova tradição mágica significaria, para bomins e preculgos, dividir mais poder no Conselho dos Magos. Desconsideraram Napiczar, com um dos argumentos sendo que, para que fossem realmente reconhecidos como uma nova tradição mágica, precisariam estar presentes em todas as cidades de Heelum.

Napiczar trabalhou para que seus discípulos instalassem novos grupos por toda Heelum. O próprio Napiczar permaneceu, contudo, na Cidade Arcaica. A Terceira Guerra Moderna foi, na verdade, bastante distribuída, com datas e marcos imprecisos, pois os focos de espólicos ao redor de Heelum começaram a, de forma assíncrona e desordenada (o que era um pesadelo para Napiczar) tomar decisões que deflagaram o que é reunido e estudado como um único conflito. As decisões geralmente envolviam a tomada do controle do exército de cada cidade, o que resultava em reações por parte da elite mágica local tanto quanto eventuais sucessos. Em muitas cidades os magos foram presos e condenados, em outras acordos foram feitos para que conseguissem adesão à estrutura política vigente. Era impossível ignorá-los.

"Maxim levantou-se para verificar a situação ele mesmo, e Prior jogou-se com força contra a parede do outro lado, dando passagem. Havia, de fato, um vulto negro do lado de fora. A intensa iluminação noturna da Cidade Arcaica, toda em laranja, não ajudava a descobrir a identidade de quem quer que fosse. O visitante bateu outra vez." A Aliança dos Castelos Ocultos, Capítulo 8

A sede dos espólicos, contudo, significava também dinheiro e posições dentro da elite, não apenas fora das prisões e do controle dos magos mais tradicionais. Os exércitos, tomados ou infiltrados por espólicos, eram agora usados para combater as elites e tomar controle das cidades.

Batalhas passaram a ser travadas em todos os cantos do continente, com Napiczar assistindo a tudo pensando que não era isso o que ele havia pretendido. Ele queria formar um exército supremo, invencível, concentrando a força total e não diluindo-a. Não queria a descentralização e consequente desintegração das forças. Assim, Napiczar tomou para si a missão de reunir os exércitos separados e desconexos, dominando-os para formar enfim um único exército sob seu comando.

A Guerra de Napiczar[editar]

As forças de Napiczar espalharam-se, com ele comandando-as da Cidade Arcaica. Elas foram para Enr-u-jir, Rirn-u-jir, Imiorina, Kerlz-u-een, Ia-u-jambu e Karment-u-een. Estavam enfrentando resistência por parte de Al-u-een, Roun-u-joss, Den-u-tenbergo e Novo-u-joss. Enquanto isso, as tropas das cidades que não foram conquistadas conseguiam conter os planos dos espólicos. Quando as situações que resultaram em verdadeira guerra civil foram arranjadas, havia um número considerável de cidades propensas a se unirem contra o governor da nova tradição.

Napiczar estava perdendo forças a partir do controle simultâneo que exercia sobre diversas pessoas. Não podia continuar, mas sabia que não podia desistir. Precisava dominar Heelum completamente, e então poderia deixar de pressionar os exércitos; a dominação seria completa. Mas Napiczar não resistiu, e morreu sob a própria pressão rumo ao sucesso final.

As tropas então, desfazendo os laços de controle compulsório do governor espólico, acalmaram a situação e reorganizaram Heelum a partir de uma nova perspectiva - uma que não incluía necessariamente a guerra.

Após a derrocada de Napiczar, a Cidade Arcaica restringiu a magia, de forma que nenhum burocrata ou parlamentar poderia ser mago, a mudança política mais significativa da Cidade Arcaica desde a recolonização.

Acontecimentos do primeiro livro e do segundo livro[editar]

Cuidado! Você pode sofrer spoilers para o Volume 2 da Série Controlados se continuar a ler! Para ler o segundo volume da Série Controlados, é gratuito: leia online ou baixe o livro em PDF ou ePub neste link.

A cidade possui poucos jirs, sendo a sua agricultura pouco expressiva. De tradição (e tradição intelectual), é uma cidade pacata, mas elitista e orgulhosa, ainda que cordial. Muitas coisas mudaram na expressividade da cidade, tornando-a mais variada - como uma aceitação mais ampla do rock de Novo-u-joss, por exemplo.

No segundo livro, sua permeabilidade política (aos magos) é demonstrada quando a cidade é escolhida pelo Conselho dos Magos como quartel-general das operações da Guerra da União. Evan, General do Exército do Conselho, instalou-se na cidade e dali coordenou todos os esforços bélicos a favor da conformidade das cidades aos planos do Conselho.

A guerra, no entanto, logo chegou ao seu centro; a escolha da cidade, apesar da simbólica, provou-se complicada, uma vez que alguns dos principais inimigos do Conselho eram vizinhos diretos: Al-u-een, Roun-u-joss e Ia-u-jambu. Tropas desta última cidade foram neutralizadas por Al-u-tengo, mas para conter as duas primeiras Desmodes ordenou o uso de esferas de bronze (Batalha da Cidade Arcaica). Foi a primeira operação militar da história de Heelum a empregar a gigantesca quantidade de esferas, o que gerou uma carnificina sem precedentes, que foi encarada por muitos - inclusive dentro do exército da cidade e do Conselho - como uma covardia imperdoável. Evan suicidou-se logo após a batalha.

Capítulos com a cidade como cenário[editar]

  • Volume I
  • Volume II
    • Capítulo 48
    • Capítulo 49
    • Capítulo 55
    • Capítulo 63
    • Capítulo 68
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